Numa das minhas últimas incursões a Fátima fiquei realmente boquiaberta com a devoção e o ambiente sentido em torno da nova arquitectura de Siza Vieira dentro do recinto …o desespero, a angústia e a tristeza são frequentes naquele lugar….o que me leva a pensar na fragilidade e fraqueza na maioria dos frequentadores daquele espaço. Com isto, não quero dizer que sou contra ou a favor da igreja, nem contra o próprio sistema que Fátima gere, e falo isto com todo o respeito, mas sim nas razões que levam ao crente procurar aquele lugar.
Normalmente quando enfrentamos algum problema de conteúdo grave, o nosso estado de espírito, a nossa mente dá inícios de cansaço e dependendo da própria “força” de cada um, este estado poderá evoluir pouco, muito, ou então regredir. Quando este evolui, e quando geralmente não sabemos lidar com o problema, tomamos um de dois caminhos, o caminho irracional e o caminho racional.
O caminho racional leva-nos a psicólogos, a psiquiatras, se mais grave,…e com o passar do tempo tudo parece voltar ao normal. O caminho irracional…pode dar asas a várias acções, tarólogos, videntes, etc….e por mais que tentamos falar com essas pessoas sobre o que realmente está a acontecer, o cerne da questão, …estas não conseguem.
Há pouco tempo falava com uma colega minha, divorciada, e com uma filha de 7 anos, e recentemente conhecera alguém que gostara. Então a filha desta minha colega parece que estava a ter comportamentos fora do normal….dizia ela…que a filha fazia umas expressões faciais fora do comum…que parecia “obra do diabo”!!! e então ….demonstrava uma vontade tal em levar a filha a uma “bruxa”….enfim….que posso dizer….claramente percebemos que uma criança que estava habituada a viver num ambiente familiar normal e se vê privada disto ,poderá ter alguns comportamentos fora do comum…
Porém até que ponto uma pessoa verdadeiramente racional, ou seja …com os “pés bem assentes na terra” não toma actos irracionais aquando de situações difíceis de resolver….?
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